sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O mar de Aral, entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, está morrendo.


O mar de Aral, antes da década de 1960, tinha uma área equivalente à dos estados do Rio de Janeiro e Alagoas juntos, cerca de 62.000 Km². Por séculos, foi um oásis no meio do deserto. Apesar do nome, o Aral é um grande lago que se tornou salgado. Em toda a bacia do Aral, existem mais de 5 mil lagos, a maior parte na região dos rios Amu Daria e Sir Daria

Sua morte foi prevista há quase 50 anos, quando o então governo soviético desviou dois rios que o alimentavam para irrigar plantios de algodão. Os agrotóxicos poluíram 15% das águas, também castigadas pelos efeitos das barragens de 45 usinas hidrelétricas. A floresta que cercava suas margens praticamente acabou. Cerca de 80% das espécies de animais desapareceram. Hoje, o antigo oásis, já perdeu dois terços da sua área de superfície.

Com a erosão e a retirada exagerada de água, o Aral recebe anualmente 60 milhões de toneladas de sal carregadas pelos rios, matando peixes e, por conseqüência, a indústria pesqueira que sustentava a economia local. O sal e os pesticidas agrícolas se infiltraram no solo. Contaminaram lençóis freáticos, tornaram impossível a lavoura e elevaram a níveis epidêmicos doenças como o câncer. O Aral pode desaparecer se nada for feito para modernizar os sistemas de irrigação e adotar práticas ambientais menos agressivas.

Esse impacto ambiental simboliza o que poderá acontecer com os outros mananciais do planeta se o ritmo do uso irracional continuar como nos dias de hoje.

Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_345576.shtml, acessado em 30 de agosto.


Um comentário:

  1. O governo soviético só se preocupou com os lucros (no plantio de algodão) e se esqueceu das possiveis consequencias, que essas são sem volta.

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